O País vive o impacto das chuvas nas grandes cidades brasileiras. Esses estragos fazem parte da coexistência dos rios e do concreto que forma a cidade e não são culpa da chuva, mas sim da forma errônea do planejamento urbano brasileiro.
Sabemos que os eventos climáticos, que são forças da natureza, têm força ainda maior quando incidem em áreas que não deveriam ser ocupadas ou que já estão desgastadas. Essa questão, muito além da arquitetura e do urbanismo, também é um problema social.
Diante disso, é preciso formar uma linha do tempo entre passado e presente e entender os fatos. Não estamos em um momento irreparável da urbanização brasileira e, com soluções alinhadas aos planos diretores das cidades, poderemos minimizar os danos causados pelo impacto das chuvas.
Quer saber como? Vamos te explicar!
Breve história da ocupação nacional
Como fomos colonizados por Portugal, os municípios foram construídos nos moldes portugueses. Os lusitanos tinham o costume de ocupar o topo de um local sempre próximo a algum rio ou alguma fonte de água potável. Com o crescimento da população e dos edifícios, rios se tornaram depósitos de lixo a céu aberto, trazendo prejuízos à saúde da população.
Seguindo o roteiro luso, isso também aconteceu no Brasil, principalmente no século XIX, quando o País cresceu. Nesse período, a população migrou da área rural para a área urbana. Isso fez com que muitos rios fossem enterrados ou canalizados para darem espaço às construções.
De acordo com a tese de doutorado “A FORMA (IN)DOMÁVEL: O lugar das águas no processo de urbanização de São Paulo”, do arquiteto Luciano Abbamonte da Silva, tais fatores resumiram a existência dos rios brasileiros, também, a depósitos de lixo. É uma ideia equivocada, pois a arquitetura deve permitir que cidades e águas que as circundam sigam em harmonia, com tubulações bem dimensionadas e sem detritos que atrapalham os cursos dos rios.
Meio ambiente, urbanismo e sociedade
A água, quando não tem para onde ir, destrói tudo que encontra pela frente. Nenhuma interferência humana pode impedi-la, mas é capaz de minimizá-la.
No Brasil, o Código Florestal estabelece normas que visam a proteção ambiental a partir da criação de Áreas de Preservação Permanente (APPs). Assim, elas estabelecem parâmetros, como:
- Raio mínimo de 50m no entorno de nascentes;
- Faixas entre 30 e 10 metros de acordo com a largura dos rios;
- Proteção permanente para tabuleiros, chapadas, topos de morros, montanhas, serras e demais tipos de áreas de relevância ambiental.
A cobertura florestal é fundamental nas encostas dos topos dos morros, das margens dos rios e dos córregos. Ela está lá para proteger o solo da erosão provocada pelas chuvas, além de permitir um escoamento saudável das águas para os rios. Isso evita que o impacto das chuvas provoque inundações, mas quando essa cobertura é desrespeitada, provoca estragos.
Aqui, o fator social interfere. Apesar da água não escolher uma classe social para atingir, grande parte da população de renda baixa acabou ocupando APPs de forma irregular. Assim, essas ocupações criaram as maiores favelas do País, habitadas por pessoas que não tem condições financeiras de arcar com altas despesas de habitação.
Existe também a equivocada ideia de que canalizar ou enterrar os rios previne as enchentes, quando na realidade armam bombas que podem explodir a qualquer instante. Sendo assim, quando você transforma qualquer terreno em área impermeável, além do que é permitido por lei, você contribui para o problema. Assim, quando chuvas torrenciais aumentam o volume de água nesses locais, aceleram a sua chegada ao canal, fazendo-o transbordar.
Soluções
A melhor forma de evitar esses prejuízos é a não ocupação dessas APPs. Mas, em um panorama ideal, a operação mais eficiente é de “segurar” a água.
Para que os impactos sejam minimizados, podemos optar por:
- Bacias de contenção, que impedem o fluxo de chegar ao rio com rapidez;
- Jardins de chuva, que captam, limpam e absorvem e, assim sendo, filtram a água de captação de chuva de telhados, pisos e vias;
- Cisternas, que armazenam água da chuva em uma caixa d’água;
- Aumento de áreas permeáveis nas residências e na cidade;
- Parques com bacia de contenção;
- Lagoa de contenção;
- Piscinões;
- Resoluções que devem ser apontadas pelo Poder Público, seja Federal, Estadual ou Municipal.
A contribuição da InstaCasa para uma cidade mais segura
O projeto de arquitetura das residências também pode contribuir muito para melhorar a qualidade urbana. Todos os nossos projetos são desenvolvidos para cada empreendimento, levando em consideração aspectos como:
- Dimensões do lote;
- Topografia;
- Regulamento construtivo;
- Legislação.
Após a compra de um lote em empreendimento parceiro, você ganhará um projeto. Dentre as várias opções disponíveis, poderá escolher o ideal para o seu terreno. E ele já estará de acordo com a legislação da cidade definida pelo Plano Diretor.
Nosso arquitetos mantêm-se informados sobre as legislações vigentes em todos os empreendimentos que possuem lotes com a InstaCasa. Em caso de mudanças na legislação, nos comprometemos a atualizar e até modificar os projetos de arquitetura. Assim, garantimos que sua casa siga as regras municipais, contribuindo para mitigar os problemas relacionados ao impacto das chuvas.
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