Muxarabi: design único e funcional para a sua casa

Publicado em 16 de junho de 2020

Tempo de leitura: 3 minutos

Você já ouviu falar sobre muxarabis? Clássicos da arquitetura árabe, foram trazidos ao Brasil pelos colonizadores portugueses. São painéis de madeira com perfurações que controlam a penetração dos raios solares, garantindo a entrada de iluminação e ventilação naturais.

Eles podem ser comumente confundidos com cobogós, que são uma releitura do painel árabe original e que conserva o mesmo efeito de iluminação. Estes foram criados na década de 20, no estado de Pernambuco, pelos criadores Amadeu Oliveira Coimbra, Ernest August Boeckman e Antônio de is. O cobogó têm essa nomenclatura pela junção das iniciais destes nomes.

Apesar dessa “confusão”, é fácil distinguir os dois pela simetria. O cobogó, por ser um elemento modular, costuma ser simétrico. O muxarabi, por ser artesanal, pode trazer uma variação maior nos traçados, que garantem um sombreamento único no local de instalação.

Diferença entre Cobogó e Muxarabi.
Esquerda: Residência MP / Otta Albernaz Arquitetura. © Eduardo Simabuguro Albernaz
Direita: Residências da Mata / Gui Mattos. © Leonardo Finotti

Resolvido esse problema, abaixo, falaremos sobre as principais vantagens de uso dos muxarabis e, no decorrer do texto, daremos algumas dicas de aplicação desses painéis, em forma de imagem, que podem te inspirar! 😊

As sombras do muxarabi dão um visual único para a sua casa. Recanto do Colecionador / mf+arquitetos. © Felipe Araujo
Recanto do Colecionador / mf+arquitetos. © Felipe Araujo

Vantagens

Apesar de terem sido tradicionais na sociedade colonial brasileira, garantindo maior privacidade às mulheres, podemos encontrar aplicações de muxarabis em diversos projetos contemporâneos. Isso porque esses elementos dão um visual único à construção, agregando valor arquitetônico, graças ao design personalizado.

Além disso, os muxarabis são únicos para cada projeto, uma vez que os trançados de ripados de madeira são ajustados de acordo com a intensidade da radiação solar que incide no local. Ou seja, quanto maior a espessura de madeira entre um vão e outro, menos luz e ventilação passarão no local, ou o inverso.

Residência LG / Reinach Mendonça Arquitetos Associados. © Nelson Kon
Residência LG / Reinach Mendonça Arquitetos Associados. © Nelson Kon

Ainda, como falamos anteriormente, os muxarabis permitem a entrada de iluminação e ventilação naturais, o que pode ser muito vantajoso em regiões de altas temperaturas. Há, também, uma vantagem visual: painéis desse tipo possibilitam a visão do lado externo por quem está dentro, mas dificultam o contrário, garantindo a privacidade dos moradores da casa.

Ao serem utilizados na integração ou separação de ambientes, porém, é necessária uma atenção especial: muxarabis, apesar de serem ideais para a divisão de “dois mundos”, não isolam ruídos.  

Casa Guarajuba / David Bastos. © Tuca Reinés
Casa Guarajuba / David Bastos. © Tuca Reinés

Por não ser necessário o uso de argamassa para fixar os elementos dos muxarabis, eles costumam ser mais leves e possuem uma aplicação mais limpa, ainda que sejam feitos de madeira.

Uma outra vantagem é a sustentabilidade que o muxarabi oferece, uma vez que a ventilação e a iluminação são elementos que existem naturalmente. A partir da aplicação desse tipo de painel, é possível aproveitá-los, diminuindo o uso de energia elétrica que seria aplicada para “suprir” essas necessidades.

Casa C+C / Studio MK27 - Marcio Kogan + Samanta Cafardo. © Fernando Guerra | FG+SG
Casa C+C / Studio MK27 – Marcio Kogan + Samanta Cafardo. © Fernando Guerra | FG+SG

E você, tem alguma dica de aplicação arquitetônica, além do muxarabi e do cobogó, que pode fazer toda a diferença em um ambiente? Comenta aqui embaixo!

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